Crescendo em pequenos grupos, como buquês, eles se espalham ao longo dos troncos, colorindo com rosa o lugar de sua morada. São delicados, cada um com formato único e fascinante. Não bastasse o deleite para os olhos, é dos cogumelos mais deliciosos. Com tudo isso, é impossível não suspirar ao encontrar o Pleurotus Djamor – que faz jus ao nome e desperta paixão em quem o conhece.
Presente pelo mundo e também no Brasil, o Pleurotus Djamor – conhecido como cogumelo salmão – pode ser encontrado silvestre na natureza, para a felicidade dos foragers, e também nas prateleiras do mercado. Parente do famoso shimeji, é um alimento de alto valor nutricional e baixo custo, trazendo potencial para ser mais disseminado. De textura macia e muito saboroso, é um cogumelo que pode ser consumido cru ou após cozimento.
O Pleurotus Djamor tem um uso tradicional na alimentação dos indígenas Sanöma, um subgrupo da etnia Yanomami, que habitam o extremo noroeste de Roraima. No idioma sanöma é chamado de “hiwala amo”, que significa porco-espinho. Os indígenas costumam coletar esses cogumelos nos troncos de embaúba, que estão na parte central da roça. Para seu preparo, os sanömas assam os cogumelos na brasa embrulhados em folhas e, posteriormente, temperam com pimenta seca em pó. São servidos acompanhando beiju e banana verde assada.
Além do uso gastronômico, estudos revelam que o Pleurotus Djamor tem potencial para tratamento de pessoas e do meio ambiente. No campo medicinal, pesquisas indicam que o cogumelo tem compostos bioativos com propriedades antibiótica, antioxidante, antidiabética, antiinflamatória, entre outras. Já na área ambiental, tem potencial para ser utilizado no tratamento de resíduos orgânicos, decompondo materiais poluentes presentes no solo e nas águas.
O Pleurotus Djamor cresce grudado nos troncos, seu pé é curto e o chapéu grande. Um olhar cuidadoso para parte inferior revela um universo de linhas, que parecem caminhos traçados nos levando para uma outra dimensão – de suavidade, delicadeza e encantamento. Essa parte – as lamelas – também costuma ser habitada por insetos, que podem estar se alimentando ou se reproduzindo aí. Lindo, abundante, saboroso, bom para saúde e para o meio ambiente. Falta o quê para se apaixonar pelo Pleurotus Djamor?
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